O digital está presente na vida de todos e não há como negar ou fugir desta realidade. Até mesmo uma geladeira pode ser digital e te avisar quando um produto está para vencer. Mas e quando o assunto são as indústrias e grandes empresas?
É exatamente igual. Assim como nós precisamos nos adaptar e aprender a utilizar as novas tecnologias, as empresas também precisam aprender o que nós desejamos e de qual forma queremos adquirir os produtos que são produzidos e vendidos por elas.
Por isso o mercado é tão competitivo e a concorrência feroz. Estão todos a se reinventarem todos os dias em busca de entender o comportamento dos seus clientes e se adaptarem ao momento e às tendências, com o simples objetivo de aumentar o faturamento.
Mas como as indústrias podem acompanhar o digital para além da modernização dos seus processos internos? Não é simples, muito menos rápido. Requer investimento e planejamento. E podem ser várias as soluções e uma delas é: ampliar os canais de vendas (e revendas), por meio da estratégia de D2C ou Direct To Consumer.
Uma indústria pode ampliar os canais de vendas criando um e-commerce. Assim como no proposto pela estratégia D2C, ela terá uma loja online para aumentar as vendas e se aproximar dos seus clientes. Sem a necessidade de depender exclusivamente dos parceiros revendedores (varejistas).
Não existe um problema em manter o modelo de revenda dos produtos. Entretanto, a indústria fica à mercê de que a pessoa que está olhando uma prateleira com diversos produtos e marcas, escolha a sua. Sem contar que, hoje em dia, quase não há quem compre sem antes se informar ou obter referências com quem já adquiriu ou experimentou.
Apesar de vantajoso para a indústria ter a sua própria loja online é preciso definir uma boa estratégia para conciliar todos os envolvidos no processo, tais como: fornecedores, a própria produção, os distribuidores e até mesmo os varejistas. Somente assim é possível garantir a satisfação do cliente final.
Todos os dados precisam estar atualizados e interligados, assim como as demais informações: descrição do produto, preço, descontos, promoções, frete e estoque. Sem esse fluxo previamente organizado é possível que haja prejuízo no que diz respeito à logística das transações.
Contar com uma variedade de canais permite alcançar o cliente em diversos momentos do processo, desde o ato de desejar um determinado produto, até a finalização da compra.
O potencial cliente ficou sabendo que a uma determinada marca de roupas é 100% sustentável. Ele então entra no site institucional (primeiro canal de vendas) e confirma essa informação. Depois, ao passar por uma loja no shopping, repara que há blusas expostas (segundo canal de vendas) e decide experimentar.
Em seguida, faz uma pesquisa pela internet e descobre marketplaces (terceiro canal de vendas) que também ofertam o produto. E, por fim, encontra a loja online da própria indústria (quarto canal de vendas) e opta por realizar a compra. Na etapa de decidir como irá receber o produto, opta pelo modelo de Pick Up Store, retirada na loja à sua escolha (quinto canal de vendas).
Em resumo, o cliente é quem decide quando, como e onde ele vai estabelecer o contato com a marca, prezando pelas suas necessidades e expectativas. Conheça outros benefícios associados à estratégia de ampliar os canais de vendas:
Conseguir se destacar no mercado devido aos preços mais baixos é relativamente fácil (nem sempre vantajoso). Mas, além do preço, os clientes também querem garantias, tanto de qualidade, quanto de serviço. Que os prazos sejam cumpridos e que ele possa ter opções para escolher a forma mais cômoda de receber a sua compra.
Portanto, ampliar os canais de vendas permite alcançar diversos públicos, desde aqueles que realizam a compra no ato, até mesmo aqueles que pesquisam todas as informações disponíveis e a maneira mais simples de ter o seu produto.
Ampliar os canais de vendas permite unir forças em prol de um objetivo comum: aumentar as vendas. Ou seja, com os produtos sendo expostos e divulgados por representantes, lojistas, sites, lojas online e marketplaces, por exemplo, fazem com que os mesmos sejam mais expostos. São uma espécie de vitrine!
Também minimiza os problemas do controle varejista, na qual a indústria não tem o domínio e poder de decisão sobre a forma com que o seu produto será exposto para potenciais compradores. Afinal de contas, do que adianta ter uma excelente mercadoria, se ela não está exposta para a venda?
A indústria que está próxima do seu cliente consegue compreendê-lo melhor, assim como os seus desejos, hábitos e costumes de compra.
Um exemplo que a maioria das pessoas conhece ou já ouviu falar é o da Magalu, a mulher de inteligência artificial da Magazine Luiza. Trata-se de um exemplo de estratégia criada para acompanhar as tendências de mercado, ao passo que se aproxima dos seus clientes.
Ela já apareceu na internet realizando desafios (como o Alli Challenge), pulando carnaval, torcendo para a Seleção Brasileira de Futebol, dentre outros trabalhos sociais. De forma divertida e irreverente, a indústria conseguiu captar a atenção, divulgar os seus produtos e fortalecer a marca.
Por isso a dica é investir no marketing digital para conseguir destaque, apresentar os produtos ao ampliar os canais de vendas, conhecer os potenciais consumidores e aproveitar as oportunidades de mercado para aumentar o faturamento.