Vamos supor que você more em um apartamento em que a janela do prédio vizinho fique relativamente próxima à sua. O ângulo que essa janela tem em relação à sua casa também é um problema: ela fica bem de frente. A pessoa que mora nesse apartamento é desconhecida. Os vidros são escuros, você não vê muito bem o que se passa lá dentro e, na correria do dia a dia, nem presta muita atenção. Você tem mais com o quê se preocupar: precisa dormir, cozinhar, arrumar a casa, tomar banho, receber visitas, amigos, a pessoa com quem se relaciona. Precisa fazer compras, ler, fazer yoga. Enfim, uma longa lista de tarefas, coisas pessoais, íntimas. Você faria tudo isso com as cortinas levantadas e vidros escancarados, sabendo que tudo isso poderia estar sendo observado? Não, certo? E o mesmo cuidado com a sua privacidade também é aplicado com os seus dados online?
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Quando navegamos na internet, deixamos diversos vestígios de nossas atividades e isso não é novidade. Os sites onde entramos possuem rastreadores que monitoram o que fazemos. Informação é poder e na internet esse poder quer dizer dinheiro. Ao descobrir suas preferências de compras, ou um produto que você está procurando, um show que tem pensado em ir ou uma viagem que você pesquisa, plataformas podem utilizar a informação para o próprio lucro. Isso tudo sem você nem se dar conta de que pode estar sendo manipulado (ou pelo menos induzido) a agir de determinada maneira. Por isso, cuidar da sua privacidade digital é tão importante.
A privacidade dos dados é, antes de mais nada, um direito do usuário digital. Ela deve garantir que os dados pessoais, como CPF, RG e endereço não sejam usados para nenhum fim além da atividade que o usuário escolheu (como uma compra online ou uma matrícula em algum curso, por exemplo). Embora não haja leis universais que garantam a proteção de outros dados, como posicionamento político e religioso, preferências e comportamento também não podem ser rastreados e vendidos, caminha-se para este panorama.
A privacidade dos dados visa garantir que nenhuma informação sobre o usuário seja manipulada com fins comerciais, publicitários, políticos ou de nenhuma outra via que não seja expressamente autorizada por você.
O motivo básico seria o de proteger o seu cliente de um uso mal intencionado de informações pessoais. Mas só esse cuidado não é mais a razão principal. Agora, existe a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que busca garantir, sob pena de multas altas, a segurança do usuário. Isso é preciso devido à publicidade e manipulação do comportamento e também devido às tentativas de golpes digitais. Somente no Brasil, 4 de cada 100 compras online são feitas de forma fraudulenta. (Fonte: Konduto)
Por isso, o seu e-commerce deve garantir os seguintes pontos quando se trata de coleta, armazenamento e uso de dados pessoais de seus clientes:
Existem algumas medidas que você pode implementar para fazer da sua plataforma digital, um ambiente seguro para os dados de seus clientes (e para garantir que você não terá nenhum problema com a lei). Confira 5 dicas para proteção de dados em seu e-commerce:
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